domingo, 26 de julho de 2009

Documento "A Sentença de Cristo"


“No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano de todo o mundo, monarca invencível na Olimpíada cento e vinte e um, e na Elíada vinte e quatro, da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete, do progênio do Romano Império, no ano setenta e três, e na libertação do cativeiro de Babilônia, no ano mil duzentos e sete, sendo governador da Judéia QUINTO SÉRGIO, sob o regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS; regente na baixa Galiléia, HERODES ANTIPAS; pontífice do sumo sacerdote, CAIFÁS; magnos do templo, ALIS ALMAEL, ROBAS ACASEL, FRANCHINO CEUTAURO; cônsules romanos da cidade de Jerusalém, QUINTO CORNÉLIO SUBLIME e SIXTO RUSTO, no mês de março e dia XXV do ano presente, EU, PÔNCIO PILATOS, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arqui-residência, julgo, condeno e sentencio à morte, Jesus, chamado pela plebe - CRISTO NAZARENO - e galileu de nação, homem sedicioso, contra a Lei Mosaica - contrário ao grande Imperador TIBÉRIO CÉSAR.
Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo-se filho de DEUS e REI DE ISRAEL, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do sacro Templo, negando o tributo a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém.
Que seja ligado e açoitado, e que seja vestido de púrpura e coroado de alguns espinhos, com a própria cruz aos ombros para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e que, juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homicidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje ANTONIANA, e que se conduza JESUS ao monte público da Justiça, chamado CALVÁRIO, onde crucificado e morto ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores, e que sobre a cruz se ponha, em diversas línguas, este título:
JESUS NAZARENO, REX JUDEORUM.
Mando, também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a Justiça por mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob as penas de rebelião contra o Imperador Romano.
Testemunhas da nossa sentença:
Pelas doze tribos de Israel: RABAIM DANIEL; RABAIM JOAQUIM BANICAR; BANBASU; LARÉ PETUCULANI.
Pelos fariseus: BULLIENIEL; SIMEÃO; RANOL; BABBINE; MANDOANI; BANCURFOSSI. Pelos hebreus: MATUMBERTO.
Pelo Império Romano e pelo Presidente de Roma: LÚCIO SEXTILO E AMACIO CHILICIO.”

Cópia autêntica da Peça do Processo de Cristo, existente no Museu da Espanha, segundo a fonte consultada, ou seja, o “Livro Básico do Advogado” – de Manoel Fernandes Quadra, Editora Edijur, páginas 187-188 – Brasil.

NOTA DO EDITOR DO BLOG: A veracidade deste documento ainda não foi devidamente comprovada, sendo apenas que o mesmo tem circulado pela internet em diversos sítios. Portanto, é necessário cautela antes de considerar as informações nele contidas. Este texto deste suposto documento da sentença de Jesus Cristo encontra-se publicado neste blog somente para fins de curiosidade.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A Virtude da Fé


A virtude, palavra que deriva do vocábulo latino virtus e cujo significado está relacionado a força ou capacidade, é uma qualidade moral particular, isto é, inerente a cada pessoa em particular, a qual é uma disposição estável para praticar o bem. Muito além de uma simples disposição em fazer o bem, ela é uma inclinação para fazer o bem. Neste sentido, as virtudes são os hábitos que conduzem o homem a fazer o bem, quer seja individualmente ou em sociedade, levando em conta a espécie humana.

De acordo com as palavras do apóstolo Paulo, a fé é uma forma de já possuir aquilo que não se vê, mas que se espera e, portanto, já se tem a certeza de possuir. O ser humano está usando de toda a sua força e de toda a sua capacidade ao ter fé. Diante daquilo que ele não vê e que, portanto, em seu senso natural de observação, não pode comprovar, o homem deposita de todo coração a sua certeza em algo que ele não pode tocar nem ver. Ele acredita. E espera. Assim, ele possui. Possui primeiramente a certeza da existência para, então, possuir aquilo que espera.

Para ter fé, é preciso ter força. Muita força. Força de vontade para fortalecer o corpo e o espírito. É preciso ser capaz de. De quê? Em primeiro lugar, de acreditar no que não se vê. Em segundo lugar, de esperar o que não se vê. Com isso, brota a certeza de que aquilo que não se vê e que se espera existe. Simplesmente existe e nada pode desfazer essa certeza. Os olhos não veem, mas o coração sente. Ao sentir, vê; ao ver, acredita. Ao acreditar, espera. Ao esperar, sabe que existe e tem certeza disso. É a fé.

A vida de Jesus na terra foi marcada pela fé. Pela fé que ele depositava no ser humano e pela fé que ele esperava do ser humano. Quando as pessoas eram curadas de seus males físicos e espirituais, a palavra de Jesus era clara: “Vai em paz. A tua fé te salvou.” Que podemos concluir então? A fé é essencial para a cura e, sem crer, nada se faz. Aqui voltamos à questão da capacidade e da força já mencionadas. Ora, sem a capacidade, sem a força de vontade para ir até o Senhor, como acontecer a cura? Os evangelhos estão repletos de narrações sobre episódios em que a fé foi o foco central. Em várias ocasiões, Jesus elogia a fé daqueles que o buscam. Por outro lado, também censura duramente a falta de fé das pessoas. Ele afirma que se as pessoas tivessem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderiam transportar montanhas e atirá-las ao mar. Que exemplo magnífico nestas palavras do Senhor! Ora, um grão de mostarda é uma sementinha bem pequenina das quais cabem centenas e centenas na palma da mão. Uma montanha, como todos sabemos, é algo bem grande e que ninguém consegue mover de um lado para outro. O que dirá arrancar do chão, erguer aos ares e atirar ao mar! Se a fé, ainda que tão pequenina, é capaz de fazer algo tão maravilhoso e racionalmente impossível, o que dizer então de quanto se tem fé? Tão somente a fé?

Penso que, neste caso, ocorre uma verdadeira comunhão de amor com Deus, numa entrega total e absoluta à vontade do Senhor, em que a confiança e a amizade com o Criador se tornam infinitas e eternas. Então, a pessoa realiza-se em plenitude como ser humano, isto é, atinge o ideal de santidade para o qual desde o princípio Deus a criou. O ser humano foi criado para ser santo e puro, justo e misericordioso, cheio de amor e fidelidade. Assim Deus o criou porque Deus é santo e puro, é justo e misericordioso, é o amor e a fidelidade. E o ser humano é a imagem de Deus. Portanto, deve possuir estas características. Jesus, enquanto viveu na terra, tinha todas estas características e, dessa forma, demonstrou que é possível ao ser humano ser santo e puro, ser justo e misericordioso e, enfim, amar e ser fiel.

A fé é uma dádiva de Deus. O Senhor planta a fé no coração do ser humano e espera que ela produza frutos. Contudo, o Senhor dá ao mesmo coração em que a fé foi semeada a liberdade de escolha para cultivá-la e fazê-la produzir ou deixá-la murchar e morrer. Cabe ao ser humano cultivar a fé que Deus lhe deu e pedir ao Senhor que a aumente e a torne fecunda. Cabe ao ser humano reconhecer constantemente de todo o seu coração e de toda a sua alma a misericórdia e a glória de seu Deus e Senhor e, a cada instante, exclamar “Meu Senhor e meu Deus”.

Somente pela fé, nós homens pecadores, somos capazes de reconhecer nossa condição de seres retirados do pó e olharmos em direção ao Senhor pedindo sua misericórdia e seu perdão para nossos pecados. Nós somos fracos e por nós mesmos nada podemos. Nada somos. Entretanto, a fé em Deus é capaz de nos guiar pelos vales tenebrosos da miséria humana e nos conduzir ao coração do Senhor. No Senhor, então, encontraremos repouso para nossas fadigas e consolo para nossas lágrimas.

Ao homem basta tão somente crer em Deus e amá-lo acima de tudo e de todos. Ao amar a Deus, o homem naturalmente vai amar o seu semelhante como a si mesmo. Assim, a violência, a morte e a dor causadas deliberadamente ao próximo perderão sua força e cessarão. É tão simples! Basta somente amar a Deus! Basta somente ter fé em Deus! E vivenciar a fé em todos os lugares e em todos os momentos trazendo no coração as palavras do apóstolo as quais afirmam que “a fé sem obras é morta”.

Neste sentido, vale lembrar que quem ama a Deus e ao seu próximo verdadeiramente, em toda a sua vida, as obras e a fé sempre estarão intimamente ligadas e uma não existirá sem a outra. Portanto, basta tão somente amar a Deus, pois quem ama a Deus tem fé e pratica obras que confirmam a sua fé e contribuem para um mundo em que reina a justiça e a paz do Senhor.

Nilson Antônio da Silva

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Salve Regina


Salve Regina, Mater misericordiæ;
Vita dulcedo, et spes nostra, salve.
Ad te Clamamus exsules fílii Evæ;
Ad te Suspiramus, gementes et flentes in hac lacrimarum valle.
Eia ergo, Advocata nostra,
Illos tuos misericordes oculos ad nos converte:
Et Iesum, benedictum fructum ventris tui,
Nobis post hoc exsilium ostende.
O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria.
Ora pro nobis, Sancta Dei Genetrix.
Ut digni efficiamur promissionibus Christi.

Hail Holy Queen


Hail Holy Queen, Mother of Mercy, our Life, our Sweetness, and our hope.
To thee we cry, poor banished children of Eve.
To thee we send up our sighs, mourning and weeping in this valley of tears.
Turn then most gracious advocate,
Thine eyes of mercy toward us, and after this, our exile, show unto us, the blessed fruit of thy womb, Jesus.
O clement, O loving, O sweet Virgin Mary.
Pray for us O Holy Mother of God,
That we may be worthy of the promises of Christ.

Salve


Dios te salve, Reina y Madre de misericordia, vida, dulzura y esperanza nuestra, Dios te salve. A ti clamamos los desterrados hijos de Eva. A ti suspiramos gimiendo y llorando en este valle de lágrimas. Ea, pues, Señora, abogada nuestra: vuelve a nosotros esos tus ojos misericordiosos. Y después de este destierro, muéstranos a Jesús, fruto bendito de tu vientre. Oh clemente, oh piadosa, oh dulce Virgen María. Ruega por nosotros, Santa Madre de Dios, para que seamos dignos de las promesas de Cristo.

Salve Rainha


Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve!
A vós bradamos os degredados filhos de Eva.
A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.
Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro nos mostrai Jesus, bendito fruto do vosso ventre.
Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A Humanidade


A história da humanidade tem sido uma luta constante marcada por destruição, mortes, violência, dor e lágrimas. Ao longo dos últimos milênios, desde que os primeiros humanos propriamente ditos deixaram as terras africanas e se espalharam pelo mundo inteiro, tudo que os homens fizeram sobre a terra foi conquistar, matar, aniquilar e destruir.

Guerras por novas terras, disputas territoriais, conquistas de cidades e, enquanto isso acontece, assassinato de quem é encontrado pelo caminho. Simplesmente por estar no caminho! Antes, geralmente, ocorrem estupros e abusos de toda espécie, tanto de mulheres como de crianças e adolescentes. Perde-se a noção de limites e a consciência de respeito pelo semelhante. Tudo e todos são envolvidos numa selvageria sem precedentes.

Em todos os tempos, em todos os lugares, passando pela história de todas as culturas, sempre a guerra foi um manto negro de terror cobrindo os seres humanos. Mesmo sabendo disso, os seres humanos ainda persistem, e insistem, em entrar em guerras o tempo todo e em todo o mundo. Ásia, África, Europa, América... em que lugar do planeta não houve guerras? Talvez na Antártida e na Groenlândia, quem sabe no pólo norte... ao menos por enquanto.

E os motivos para tantas guerras? À luz da razão, realmente têm sentido? São justificáveis? Ora, as guerras normalmente são causadas pela cobiça de mais terras, pela ganância em ter mais recursos minerais, por controlar as reservas de petróleo; algumas vezes, advêm de invasões por povos famintos. Neste último caso, entretanto, o que ocorre é um verdadeiro massacre dos povos famintos. Então, não se pode afirmar que seja uma guerra.

Guerras e batalhas são bonitas em filmes. Muito mais ainda quando são batalhas entre os seres humanos e seres não-humanos. Orcs e cavaleiros negros travando batalhas com humanos e elfos, por exemplo, é algo realmente empolgante. Ou então, seres extraterrestres lutando contra os humanos em naves espaciais também produz um efeito magnífico. E como não lembrar do Leão surgindo nos momentos finais da batalha e dando a vitória aos humanos e aos seus aliados? No mundo da fantasia, as guerras são empolgantes, as batalhas são bonitas, os mortos são heróis, os feridos são curados, o bem triunfa sobre o mal. Mas, no mundo real, não têm nada de belas e não é possível dizer quem é do lado do bem e quem é do lado do mal. São todos seres humanos, iguais em dignidade e natureza, seres inteligentes e possuidores do livre arbítrio. Se são todos iguais, como podem uns serem absolutamente maus e outros absolutamente bons? São humanos, antes de tudo!

Os seres humanos não conseguem se entender e, portanto, não conseguem conviver. Ora, quem não consegue conviver obviamente não consegue viver. Desta forma, a vida vai sendo destruída dia após dia, ano após ano, século após século, milênios após milênios. Em cerca de cinqüenta mil anos de história dos humanos propriamente modernos, isto é, homens e mulheres como nós que hoje vivemos, somente conflitos entre uma tribo e outra, entre uma nação e outra. Assim como há milhares de anos atrás um bando corria perseguindo outro com paus e lanças, hoje continua do mesmo jeito, ou seja, uma nação perseguindo a outra com armas, aviões e sanções econômicas. Mudou alguma coisa? Nada! O que mudou foram os materiais em si, mas o sentido de perseguição e destruição permaneceu o mesmo. O que é mais grave é constatar a absoluta ausência de compreensão e de solidariedade entre os seres da mesma espécie, da espécie humana.

Desde o princípio, Deus fez os seres humanos para viver em absoluta comunhão de amor e vida. Desde o início do tempo e do espaço, o Senhor vem preparando o universo para que os seres humanos nele habitem em harmonia e concórdia. Galáxias, estrelas, superaglomerados, planetas, continentes, a água... tudo isto existe, pois assim o parece, em função de propiciar um lugar no tempo e no espaço para o ser humano existir e, existindo, viver e conviver.

Será assim tão difícil compreender a infinita grandeza e bondade de Deus refletida e revelada em sua obra? Será assim tão impossível ao ser humano compreender que tudo que o Senhor quer de seus filhos é que estes vivam e convivam em paz para que sejam felizes a começar aqui mesmo na terra?

Jesus falou muito sobre a paz e o quanto é importante viver em paz com o mundo e com os semelhantes. Aos que promovem a paz, Jesus os chamou de bem-aventurados. Ser bem-aventurado é, em seu significado mais simples, ser feliz. Somente isso! Ser feliz.

Nilson Antônio da Silva